quarta-feira, julho 03, 2024
A leitura dos Jogos telúricos pelo Victor Oliveira Mateus
quinta-feira, fevereiro 01, 2024
segunda-feira, novembro 20, 2023
quarta-feira, agosto 09, 2023
sexta-feira, junho 23, 2023
primeira pedra, leitura de JMV
Caro António, li e reli A Primeira Pedra. É um livro notável, os poemas comoveram-me pela profundidade do que dizem e pela forma rigorosa, magnífica, que conseguiste. Quanto à mim é do melhor que tens escrito. Um abraço de sinceras felicitações. ZM
terça-feira, abril 25, 2023
sábado, abril 15, 2023
a primeira pedra, a leitura do Luís Rebelo
Já li e gostei muito. A estrutura dos poemas está muito bem conseguida e funciona quase como um único poema. Alguém disse que só nos lembramos do que fizemos com certa consciência. Creio que a memória fragmentada dos primeiros momentos se desenvolve, primeiro como mote, depois conjugada com a elaboração de associações numa linguagem envolvente muito trabalhada.Obrigado, parabéns e Gr abraço.
LR.
quinta-feira, abril 13, 2023
a primeira pedra, a leitura do Constantino Morais
Caro amigo António
Devo confessar que fiquei deveras surpreendido com “ a primeira pedra”. Para mim foi inesperado descobrir esta tua faceta, pois só conhecia, e já me tinha acostumado, à tua habitual mordacidade, ao teu espírito caustico e sentido crítico, à ironia e ao teu humor na observação e vivência do quotidiano.
Mas, ao ler o teu livro, tive a estranha sensação e a emoção de quem visita uma exposição, como se cada página fosse um quadro ou uma peça escultórica de um museu ou de uma galeria de arte, onde se conta a história do Homem ou da Humanidade, representada no “EU” poético-narrativo, através de um percurso aparentemente cronológico e numa perspetiva evolucionista/darwinista que vai transmitindo ao leitor as mudanças e alterações sofridas e vividas ao longo do tempo na sua relação com o mundo.
Todo o teu livro é um belo proso-poema assente na metáfora da pedra onde de forma subtil abordas vários temas essenciais da vida e da evolução humana.
Muito mais se poderia dizer na sua análise, mas não me cabe a mim fazer isso.
Parabéns por este teu trabalho, é excelente e merece ser conhecido.
Se errei na análise superficial que fiz e falseei a interpretação e o sentido do teu texto agradeço que me digas francamente, por favor, pois toda a análise pode ser subjetiva.
abraço
Constantino
sábado, agosto 06, 2022
sexta-feira, agosto 05, 2022
Sobre a minha poesia - escrito por Henrique Manuel Bento Fialho
Dois livros de António Ferra , próximo convidado de Diga 33 – Poesia no Teatro. Dia 27, às 21h30, na sala
Estúdio do Teatro da Rainha.
Dois livros bastante diferentes um do outro, publicados ambos este ano: “A Poesia Ri Unida” (Eufeme, Maio de
2022) e “Lengas e Narrativas” (Edições Húmus, Junho de 2022). Comecemos pelo primeiro. Tal como o título
indica, num humor desimportantizante característico do autor, trata-se de uma reunião, não da obra anteriormente
editada em livro, mas de poemas dispersos por revistas publicadas entre 2009 e 2021. A excepção é um inédito
intitulado “Dores”, poema pungente em que o mal-estar contagioso da actualidade vem à tona com fúria
desmedida: «e eu sem potência para apagar filhos da puta» (p. 37). Não é comum nesta poesia temperaturas
coléricas tão elevadas, sendo mais frequente o recurso ao riso enquanto sabotagem da realidade decadente e de
um quotidiano pulverizado de personagens por vezes picarescas, noutras ocasiões risíveis, amiudadamente
desvalidas. Portanto, a poesia que ri neste volume transborda os domínios da ironia e da sátira reconhecíveis
noutros momentos da obra de António Ferra (n. 1947). Mantém-se, no geral, a paisagem suburbana enquanto
palco privilegiado das observações do sujeito poético, mergulhado num “modo funcionário de viver” onde
recolhe quadros de uma actualidade estrangeirada. O teatro é o da «tirania / num campo de refugiados
suburbanos» (p. 11), por vezes em poemas sequenciais que retratam com linguagem militantemente coloquial
«o constrangimento dos sonhos, / a severidade das sombras» (p. 48).
Dá-se especial atenção nestes poemas aos pobres, aos excluídos, aos exilados, aos humilhados e ofendidos, a essa
massa de gente infinda usada e usurpada pelas forças que dessa gente se servem esgotando-a, tornando-a
impotente e incapaz. É curioso, mais ainda pela dispersão inerente ao conjunto, como em diversos destes poemas
surge essa imagem de fraqueza que vai do sentimento de «culpa de não combater» (p. 11) à falta de «voz para
gritar a injustiça» (p. 48), desembocando no apelo quase desesperado do poema “Contaminação”: «não feches o
riso / que se abre nas tuas mãos abertas, / não feches o grito de revolta / quando a janela se abre aos odores de um
fogo extinto» (p. 52). Uma dúvida a esclarecer: o riso é arma ao serviço da revolta ou solução para a impotência?
Bem diferente, em todos os aspectos, é o segundo livro acima aludido, introduzido por uma explicação prévia à
laia de prefácio: «Trata-se de poemas com deliberada intenção de trazer à luz os mais sombrios actos criativos —
e caritativos — das palavras, dançando ao ritmo cardíaco dos versos estampados, não negando, todavia, a forte
influência de uma corrente barroca, e neoclássica, surrealmente presente nos critérios de recolecção dos versos
que integram a antologia “lengas e narrativas”». Neste caso, o espaço de representação confunde-se com a pura
experimentação formal. Mais maneiristas do que barrocos, estes poemas afirmam-se pelos desequilíbrios, pelos
exageros expressivos, aqui grotescos, acolá burlescos, gozando de uma variedade (in)formal que vai da
redondilha à canção. São experiências lúdicas com palavras, a linguagem poética cedendo ao gozo dos efeitos
fonéticos — «a salsugem dos barcos / a penugem dos braços» — e polissémicos, jogo que não prescinde do seu
inventário intensivo de caricaturas: «o pobre de porshe» (p. 10), «o rico sem cheta» (p. 12), «os ais obscenos / de
suínos urbanos» (p. 31), «o mendigo enganado / o bardo e o frade / de cotão no umbigo / e espinho do cardo // o
carneiro inchado / a donzela porreira / de seio fanado / e liga de freira // o cilício de nastro / o amante filtrado / o
cu de alabastro / da alcoviteira» (p. 41).
Ao barroco foi António Ferra buscar certa pompa para a desmontar e desfazer ironicamente, nomeadamente ao
minar modelos métricos, ao grafitar o luxo das imagens com o corriqueiro, apostando em conceitos rebuscados e
títulos extensos: «de autor anónimo (sec. XVIII) publicado na Gazeta «O Furjão» em depósito na biblioteca da
Junta de Freguesia de Albergaria de Loivã» (p. 33). Tudo isto é escárnio da pompa e da circunstância, dos efeitos
supérfluos e palavrosos, da cagança espaventosa e da solenidade que, em pleno século XXI, se conserva intacta
no espírito e nos comportamentos de uma horda de artistas eximiamente distribuídos pelas diversas instituições
nacionais. Fique, a título de exemplo, a «efémera fama de um opinion maker»:
a efémera fama
tua alma aclama
na tua lama
a tarântula branca
anémona plana
numa feira franca
tua alma acalma
a efémera fama
abre o melodrama
alimenta a chama
da boca que trama
tua alma aclama
a tua boca brama
tua efémera fama
terça-feira, junho 28, 2022
sábado, dezembro 04, 2021
a propóstido deste «de lito», leituras que recebi
Na falta da happy hour que nos traga o zelo necessário à sabedoria de roubar versos, resta saber esperar pelo estrondo que fará da vibração das brocas uma harmoniosa melodia.
Entretanto…
delituosamente gratos pelo 46º que nos coube.
Caro Amigo António Ferra
Ninguém me tem dirigido desde há uns bons tempos uma carta pessoal a não ser tu. Coisa preciosa, estimável e para manter! É um grato prazer receber uma cartinha tua. Neste verão também dirigi várias cartas em papel e via correio. Abri o envelope e li «delito» e lembrei-me logo do «de litro» do Fernando Pessoa. Depois pensei no «lito» (pedra, calhau) e até em “litografia”. Comecei a ler e vislumbrei situações da nossa vida social que, metaforicamente, poderão surgir dos versos: a sereia urbana que foge aos impostos, a carinha laroca a aldrabar-nos, a funcionária a arejar a marosca por um motivo inconfessável, traições por todo o lado (de Braga a Copenhaga), … E também – em leitura sobreposta – podemos vislumbrar um quotidiano que nos surpreende. Portanto, crítica social contundente nestes dias de Covid-19 e um quotidiano que nos envolve completamente.
sábado, setembro 18, 2021
domingo, novembro 22, 2020
domingo, junho 18, 2017
sábado, junho 03, 2017
Onde se encontra a recensão de «Dos Livros...» por JMS
Viriato Teles: texto de apresentação de "Dos Livros levanta-se um pássaro
quarta-feira, maio 10, 2017
quarta-feira, abril 13, 2016
histórias curtas e mais longas em prosa poética
terça-feira, julho 10, 2012
quarta-feira, março 07, 2012
domingo, novembro 27, 2011
quarta-feira, novembro 02, 2011
o porquinho e as salsichas
Muita gente quer a vida assim, com esta ligeireza, com um processamento rápido que se substitui à maturidade. É esta ganância imediatista que nos trama.
domingo, março 27, 2011
domingo, fevereiro 27, 2011
Anda, Grande ou «Mind the gap»
Atenção ao intervalo entre o caos e o combóio, Jaques,
é proibido fumar em toda a rede do Metro
sábado, fevereiro 12, 2011
domingo, janeiro 23, 2011
sexta-feira, janeiro 21, 2011
terça-feira, novembro 30, 2010
sexta-feira, novembro 12, 2010
domingo, outubro 10, 2010
sexta-feira, maio 14, 2010
segunda-feira, maio 03, 2010
orquestra
«Podemos olhar para uma orquestra e estar a ver um prolongadíssimo cruzar de pernas da Sharon Stone», disse Fernando Tordo em entrevista à Pública, de 24 de Abril
domingo, abril 18, 2010
quinta-feira, abril 15, 2010
domingo, abril 11, 2010
quarta-feira, abril 07, 2010
segunda-feira, abril 05, 2010
segunda-feira, março 29, 2010
domingo, março 14, 2010
terça-feira, março 09, 2010
domingo, março 07, 2010
terça-feira, março 02, 2010
terça-feira, fevereiro 16, 2010
Crespingway
Crespo encorpando Hemingway
- "E, no seu caso, para a história do jornalismo, o que é mais importante: o Mário Crespo repórter, pivô ou cronista?"
- O pivô não vale nada. Gostava de ser visto como entrevistador. Nã...o queria ser visto como um apresentador. Transporto um jornalismo tradicional, do Orwell, do Hemingway.
(entrevista à "Visão")
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Todos os ministros...
domingo, janeiro 31, 2010
KGB
Estas Kabsulas zervem para quando uba bessoa
bebe the mais e nau guer vicar emvriegada. Por
exempblo um esbião nua adega, ó num bar, a beber
em trabalho gom o zoutros, inimigos,para les zacar
goisas, invormações e u garaças...toma as K G Bs e está a
andar, zempre a bombar... vaz-me lembrar aguela
rezeita de beru do natal...Bas tem de tomar o Vermelho
e o Negro, gumó Stendhal tomava em Vrança...Hic
PS- o bartelo e a voice é que nu era prezizo ba nada